quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

So, let the reain fall down on me...

Fénix

O que precisava era mesmo isso. Um cantinho do céu.
A inspiração, como que por algum milagre, perdeu-se. Mas eu não me importo, desde que o que não conseguia atingir reapareceu.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Desabafo

Cada gota de orvalho que cai sobre a minha janela faz-me lembrar do palpitar de estranheza que senti. Fui, sou e serei gotículas desse mesmo palpitar que sinto a escapar-me por entre os dedos.
Cada vez mais me sinto estranha quanto a tudo. Não sei bem onde estou nem para onde vou e, confesso não saber lidar bem com isso. Sempre fui daquele tipo de pessoa que sabia o que queria, que lutava pelo que sentia. Agora, sou apenas mais uma que não vive, sobrevive. Sem rumo, sem destino...
Quando volto, sinto-me perfeita. Tudo tem um significado e um sentido. Tudo me completa e me envolta. Quando regresso, esse mundo desmorona-se. Rio para não chorar, porque não sei lidar bem com isso. Rio para tentar esquecer o que mais me faz infeliz. Quando ando, aí sim sou verdadeira. Embebida na minha vida, aquela que não sei para que serve.
Mais um segundo, mais um minuto, mais uma hora, mais um dia se passou... O tic-tac do tempo parece-me interminável, inesgotável. Mas para que existes? Para me confundir mais?
Quero voltar ás origens, ao que era, e não sei como... Tudo o que criei parece de vidro e não sei como o tornar mais sólido.
Sei que o que escrevo soa confuso, mas o que é que na minha vida não se tornou confuso?