domingo, 17 de fevereiro de 2008

Ás vezes sinto a enorme necessidade de me abstrair de tudo. Esconder-me do mundo, daquilo que me rodeia, e, ás vezes, daquilo que mais adoro. Vivo na busca constante da perfeição, não em pessoas, porque tal coisa não existe, (in)felizmente, se bem que há pessoas que andam lá perto.
Tenho a constante necessidade de ficar horas a fio no embalamento de Sigur Rós, que aparentemente é o meu único refúgio nos últimos tempos.

Sinto que me estou descobrindo. Sinto que todos os dias aprendo um pouco mais sobre mim mesma.

Há dias que me sinto ofuscada por aqueles olhares ensurdecedores de pessoas alheias, ou não, que me fazem querer fugir do meu corpo e alma. Ausentar-me para sempre. Ver campos de malmequeres amarelos e brancos a deixar uma penumbra de pó, correspondente, pelo ar, á medida que o vento lhes acaricia delicadamente as pétalas. Correr sôfregamente por cidades á beira de um esgotamento de tanta agitação, de braços abertos enquanto a chuva me acaricia a cara suavemente.

Apetece-me gritar, soluçar de tanta emoção! Agora sim, sei, eu consigo ser feliz.


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